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Acidente aéreo

Falta de informação irrita os familiares das vítimas

Os mortos no acidente aéreo foram colocados em um centro de convenções para a identificação pelos familiares. Alguns requerem a análise do DNA | José Alonso/AFP
Os mortos no acidente aéreo foram colocados em um centro de convenções para a identificação pelos familiares. Alguns requerem a análise do DNA (Foto: José Alonso/AFP)

Madri - Os familiares dos 153 mortos no acidente aéreo ocorrido na última quarta-feira no aeroporto de Barajas, em Madri, se impacientam por não receber explicações satisfatórias sobre o sucedido. A direção da companhia aérea Spanair realizou ontem a segunda reunião com as famílias.

No hotel próximo ao aeroporto, onde estão hospedadas as famílias das vítimas que não vivem em Madri e onde as reuniões ocorrem, "o tom dos protestos está aumentando", declarou Magali Baton, mãe de um menino morto no acidente.

Os familiares das vítimas se reuniram pela manhã com a vice-presidente do governo, María Teresa Fernández de la Vega, e à tarde estiveram com dirigentes da Spanair.

Na quarta-feira, o avião da Spanair caiu durante a decolagem no aeroporto de Barajas, em Madri, por causas ainda desconhecidas, com 172 pessoas a bordo.

Segundo relatos sobre a gravação do acidente, a turbina do MD-82 da Spanair não explodiu no ar, o que contraria a versão de testemunhas. Para a agência de aviação civil espanhola, uma combinação de fatores causou a tragédia.

Manuel Bautista, diretor-geral de Aviação Civil da Espanha, disse em entrevista que eventual falha em uma das turbinas não teria sido suficiente para derrubar o MD-82, projetado para voar com apenas uma delas se necessário.

A relação do aquecimento acima do normal detectado em uma peça próxima à cabine, que atrasou a decolagem, ainda depende de investigações. De acordo com Bautista, é cedo para dizer se houve falha humana e a investigação pode durar meses.

Identificação

Os legistas já conseguiram identificar 50 das 153 vítimas do acidente, de acordo com informações divulgadas pelo prefeito de Madri, Alberto Ruiz-Gallardón. As outras 103 vítimas serão identificadas através de impressões digitais ou testes de DNA.

Segundo o jornal El País, 30 dos corpos já identificados foram entregues a familiares para serem enterrados. O jornal informou também que as autoridades conseguiram obter as impressões digitais de 23 das 103 vítimas que ainda não foram identificadas. As outras 80 deverão ser submetidas a exames de DNA, o que prolongará o trabalho em cerca de 48 horas.

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