Ao menos 16 pessoas, incluindo uma família brasileira, morreram e há vários desaparecidos na ilha da Sardenha, na Itália, após a passagem na noite de segunda-feira (18) de um forte ciclone cujos ventos e chuvas provocaram inundações e enchentes, informou nesta terça-feira (19) a imprensa local.
O diretor de Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, atualizou o número de vítimas ao chegar a Sardenha para coordenar as missões de ajuda, depois que foram encontrados outros dois corpos, entre eles o de uma criança.
Os quatro brasileiros, mãe, pai e seus dois filhos de 16 e 20 anos, morreram em Arzachena, quando o porão em que viviam foi inundado.
De acordo com a imprensa local, as vítimas são Isael Passoni, de 42 anos, a mãe, cuja identidade ainda não foi confirmada, e os filhos Weriston, de 20 anos, e Laine Kellen, de 16.
A cidade de Olbia, no nordeste da ilha, foi a mais afetada pelo ciclone Cleópatra e, por enquanto, foram contabilizados oito mortos nesta área, onde houve deslizamentos de terra, queda de pontes e cortes no fornecimento de energia elétrica.
O prefeito de Olbia, Gianni Giovanneli, explicou nesta terça-feira ao jornal da emissora pública "Radio1" que caiu sobre a cidade durante a noite uma "autêntica tromba d'água" que em poucos minutos inundou algumas áreas e o nível da água chegou a três metros de altura, transbordando os rios e provocado buracos nas estradas.
Na cidade de Monte Pino, o desmoronamento de uma ponte deixou cinco mortos: três homens e uma mulher com sua filha, cujos carros caíram na água enquanto passavam pela estrada.
Centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas devido às inundações e dezenas de cidades estão isoladas devido a cortes de luz e ao bloqueio de estradas.
Foi convocado para hoje um Conselho de ministros extraordinário em Roma para decretar o estado de emergência em toda a região de Sardenha
Segundo o chefe regional do corpo de bombeiros de Sardenha, Silvio Saffiotti, foram enviados 350 homens a todo o território e nas próximas horas chegarão reforços da península italiana.
Além das vítimas, os danos materiais são grandes, já que além das casas e dos locais comerciais inundados, também há várias estradas impraticáveis e terrenos agrícolas completamente destruídos.
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