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A família de Sakineh Mohammadi Ashtiani, iraniana sentenciada à morte por adultério, afirmou estar disposta a viver no Brasil, caso o governo do Irã aceite a oferta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de receber a condenada.

Grupos de apoio à iraniana porém, cobram uma ação concreta do Brasil no caso. A declaração foi feita ao jornal O Estado de S. Paulo por Sajad Ashtiani, filho de Sakineh. "Preferíamos continuar no Irã, que é nosso país", disse Sajad. "O ideal seria que minha mãe fosse solta e ficássemos aqui, mas se ir ao Brasil significará que minha mãe viverá, estão, certamente, estamos dispostos a mudar."

Advogados da iraniana e grupos de apoio europeus, porém, alertaram que Lula precisará transformar rapidamente seu discurso em uma proposta concreta que seja uma solução para a questão. Amanhã, advogados da iraniana participarão da última audiência do caso, e a família de Sakineh foi informada que receberá notícias definitivas sobre a condenada na quinta-feira.

Lula torce para que o Irã aceite sua proposta. Em conversa, ontem, com um assessor direto, Lula explicou que ofereceu o asilo por se tratar de um caso de direitos humanos, sem implicações políticas para Teerã. Na conversa com o assessor, ele disse que é possível atuar de forma "aberta" porque Sakineh Ashtiani não é uma condenada política ou dissidente. Lula fez a oferta de refúgio no último sábado, em discurso de campanha ao lado da candidata de seu partido à presidência, Dilma Rousseff.

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