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A equipe de defesa da família do ex-militar do exército venezuelano Ronald Ojeda Moreno, encontrado morto no Chile após ter sido sequestrado em Santiago, capital do país, afirmou que estará levando o caso até a justiça internacional.
O advogado Juan Carlos Manríquez, que faz parte da defesa da família do ex-militar, que também era um opositor do regime chavista, afirmou à mídia chilena que levará o caso até o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, com o objetivo de internacionalizar a investigação do crime.
A ideia de Manríquez é incluir o caso do ex-militar nas investigações que o TPI está realizando contra o regime de Nicolás Maduro.
Ojeda, que havia escapado de uma prisão na Venezuela em 2017 junto com outros militares dissidentes, estava incluído em uma lista de opositores acusados por "traição à pátria". O sequestro do militar que estava asilado no Chile ocorreu em fevereiro, quando câmeras do local onde ele residia registraram o momento em que falsos policiais o levaram.
Autoridades chilenas iniciaram um processo de busca e, semanas depois do sumiço, ele foi encontrado morto. O corpo de Ojeda estava sob uma laje de cimento em um acampamento ilegal.
Opositores acusam o regime chavista de estar por trás do crime, algo que Caracas já chegou a negar em conversas com a diplomacia chilena. A polícia do Chile já realizou a prisão de indivíduos envolvidos no crime, entre eles está um jovem de 17 anos acusado de ter ligações com a facção criminosa venezuelana Trem de Aragua, cujo um dos líderes também está sendo procurado por suposto envolvimento no sequestro de Ojeda.
O caso de Ojeda pode se juntar à investigação preliminar aberta pelo TPI desde 2018, conhecida como “Venezuela I”, que examina crimes contra a humanidade que podem ter sido cometidos pelo regime de Maduro.
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