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Argentina

Família de Videla mantém segredo sobre enterro do ex-ditador

Os familiares de Jorge Rafael Videla, falecido nesta sexta-feira (17) aos 87 anos, mantêm em segredo qual será o destino final dos restos mortais do ex-ditador argentino, que permanecem hoje em um necrotério em Buenos Aires.

O corpo do presidente argentino entre 1976 e 1981 foi levado na tarde desta sexta-feira para a autópsia no Instituto Médico Legal de Buenos Aires, onde ainda permanece neste sábado (18), segundo informou a imprensa local.

Videla foi encontrado morto na manhã da sexta-feira em uma penitenciária na província de Buenos Aires, onde cumpria prisão perpétua por delitos de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura militar (1976-1983).

Um juiz da cidade de Marcos Paz, onde fica a prisão, requisitou a realização de uma autópsia, cujo resultado ainda não foi divulgado publicamente.

Os familiares de Videla não se pronunciaram sobre a morte do ex-militar e mantêm em absoluta reserva quando e onde será sepultado o ex-ditador.

A única certeza é que não haverá nenhuma honra militar em seu funeral, devido a uma decisão do Ministério da Defesa, uma vez que "Videla foi destituído do Exército".

Além disso, está vigente desde 2009 uma resolução que proíbe as honras militares em funerais de membros das Forças Armadas envolvidos em processos relacionados com violações dos direitos humanos.

A morte de Videla teve grande impacto na sociedade política argentina, que em uníssono renovou sua condenação ao regime ditatorial.

Por outro lado, apenas o jornal "La Nación" trouxe em sua edição de hoje 18 anúncios fúnebres dando conta da morte de Videla, lembrado como alguém "injustamente" preso e líder da "guerra" contra a subversão. Quase todos os anúncios levam as assinaturas de ex-militares, mas nenhum deles a da família Videla.

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