MIAMI - A família e vizinhos do passageiro morto por agentes federais no Aeroporto Internacional de Miami na quarta-feira disseram estar em choque com a notícia, relatou a imprensa americana nesta quinta-feira. Alpizar, um costa-riquenho com cidadania americana, foi abatido depois de dar a entender que havia explosivos numa mochila que portava a bordo de um avião da American Airlines. Nenhuma bomba foi encontrada.
Rigoberto Alpizar, de 44 anos, e a mulher Anne, vinham de férias dedicadas a trabalho voluntário no Peru. Alpizar trabalhava no setor de tintas de uma loja de materiais de construção e bricolagem. Quem o conhecia descreveu um homem falante e simpático, muito diferente do passageiro tenso e inquieto, atrás do qual a Anne corria dentro do avião, tentando explicar às pessoas em volta que o marido sofria de transtorno bipolar. Autoridades disseram que ele foi morto ao sair do avião, perto da porta, quando fez menção de colocar as mãos na mochila.
- Nossa família ainda está em choque. Estamos sem fala - disse a cunhada Kelley Buechner.
O irmão dela, Steven, contou que Alpizar e Anne conheceram-se na Costa Rica, quando ela fazia intercâmbio no país. Eles eram casados há 22 anos.
Parentes e conhecidos falam de um homem simples, que dedicava o tempo livre aos cuidados com a casa em estilo de rancho, num subúrbio de Orlando, na Flórida.
- Ele era um cara bacana, sempre sorrindo, sempre falante - descreveu Louis Gunther, um vizinho de 73 anos que tomava conta da casa de Alpizar enquanto o casal participava da viagem, que teria sido organizada por uma igreja. - Todo mundo está falando de um cara de que eu nada sei.
- Toda a vizinhança está chocada. É totalmente fora das características do cara - disse Alex McLeod, de 16 anos, que mora a três casas dos Alpizar.
O chefe, Charles Baez, disse que, no trabalho, o costa-riquenho mantinha discrição.
- Rigo era um cara muito quieto. É muito estranho que ele fizesse algo assim. Você nunca sabe pelo que as pessoas estão passando, mas ele parecia normal para mim.
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