Parentes de Nelson Mandela se reuniram ontem em Qunu, cidade onde o ex-presidente da África do Sul passou a infância, enquanto personalidades, como o arcebispo da Cidade do Cabo, visitaram a clínica em Pretória em que o líder político segue em estado crítico.
A filha mais velha, Makaziwe, e netos do ícone mundial da luta contra a discriminação racial se reuniram na casa construída por ele na época da queda do regime racista. "É uma reunião de amadlomos", declarou um dos participantes da reunião, em referência a um ramo do clã Thembu, do qual faz parte a família Mandela.
Nenhum membro da família quis informar o objetivo da reunião. A 900 km desta região rural e cheia de vales, numa clínica militar de Pretória, Mandela, de 94 anos, segue internado devido a uma grave infecção pulmonar.
Em 2012, Mandela foi hospitalizado diversas vezes também por complicações pulmonares. Internado com urgência em 8 de junho, o estado de saúde de Madiba ficou mais grave no último domingo.
De acordo com o governo sul-africano, o quadro de Mandela permanecia crítico ontem.
Personalidades
O fluxo de visitas, restrito à família na última semana, aumentou ontem com a presença de personalidades como o arcebispo da Cidade do Cabo, chefe da igreja anglicana na África austral, Thabo Makgoba.
Diante do hospital, onde sua esposa, Graça Machel, permanece durante todo o dia, a presença da imprensa aumenta cada vez mais.
Muitas pessoas passam no hospital para deixar flores ou pequenas mensagens, enquanto alguns cantam o hino nacional da África do Sul. As paredes da clínica sumiram em meio a flores vermelhas e brancas, cartões e balões. Cem pombos foram soltos na frente do local.
Apesar das circunstâncias, o presidente Jacob Zuma continua seguindo sua agenda oficial.