Os parentes de Jean Charles de Menezes, o mineiro assassinado pela polícia da Inglaterra no metrô de Londres há quatro meses, receberam com revolta a notícia de que ele teria sido morto com um tipo de munição proibida em guerras. A revelação foi feita na quarta-feira por um jornal inglês. Em Gonzaga, no leste de Minas Gerais, a família do eletricista quer incluir esta informação no processo. O irmão de Jean, Giovanni de Menezes, disse que, se for preciso, os parentes do eletricista vão voltar à capital inglesa para cobrar justiça.

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O jornal "Daily Telegraph" afirmou que a bala, uma evolução do projétil de ponta oca dum-dum, teria sido usada pela primeira vez pela polícia britânica na morte do brasileiro. O brasileiro foi abatido em dia 22 de julho, na estação Stockwell do metrô de Londres, ao ser confundido com um terrorista.

As balas dum-dum foram criadas pelos britânicos do século XIX e banidas pela Declaração de Haia em 1899. O uso da munição de ponta oca, que se expande e estilhaça no impacto, havia sido autorizado na Operação Kratos, a empreitada britânica contra homens-bomba, mais conhecida pela política de atirar para matar, adotada após os atentados de 7 de julho contra o sistema de transporte urbano.

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