Ingrid Betancourt está viva, segundo refém que escapou das Farc
A ex-candidata à presidência da Colômbia permanece em cativeiro, assim como três americanos seqüestrados pela guerrilha.
Os familiares da franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), exigiram, nesta quinta-feira, a intervenção dos Estados Unidos no caso. Completam-se nessa semana 2.000 dias desde que ela foi feita refém pelas Farc. O ex-marido de Ingrid, Fabrice Delloye, afirmou que "a única solução são os americanos, sendo prioritário que os Estados Unidos, junto com a França, intervenham". Delloye disse também que o governo colombiano é intransigente com as Farc.
"As Farc pedem um acordo humanitário com condições difícil de se cumprir e o presidente colombiano, Álvaro Uribe, não quer falar disso", argumentou Delloye.
Uma das filhas de Ingrid, Melani Delloye, de 22 anos, recordou que "Washington tem uma influência gigantesca na Colômbia, e que três cidadãos americanos também estão sendo mantidos como reféns há muito tempo".
"É muito importante que os Estados Unidos intervenham e a França pode ajudar nessa questão, já que tem um diálogo privilegiado com Washington", apontou Melanie.
O ministro de Relações Exteriores da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, afirmou, nesta quinta-feira, que a mobilização na França para obter a liberação de Betancourt segue sendo "total".
Em um comunicado, Koucher afirmou que "não nos esquecemos dos reféns neste triste aniversário" e assegurou que a França conta com o apoio da Espanha e da Suíça para buscar "uma solução humanitária" - uma ação que também é apoiada pela União Européia e a comunidade internacional.
Inúmeras manifestações aconteceram nesta quinta-feira na França e em vários locais do mundo, exigindo a liberação de Betancourt, em poder das Farc desde 23 de fevereiro de 2002, quando era candidata à eleição presidencial, junto com a diretora de sua campanha, Clara Rojas. O seqüestro aconteceu numa região a 600 quilômetros ao sudeste de Bogotá.
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