Os familiares de 70 presos políticos na Nicarágua fizeram um apelo à ditadura de Daniel Ortega, e a outros grupos do país por um novo diálogo nacional, que leve à libertação dos detidos e ao "bem-estar comum".
Os parentes pediram, em declaração conjunta, que os "governantes e às forças vivas da nação, assim como a Igreja, para que, mediante um encontro construtivo, sejam forjadas as bases necessárias para o bem-estar comum".
Desde abril de 2018, a Nicarágua atravessa uma crise social e política, que apenas no primeiro ano, deixou 355 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
O órgão ainda aponta que há mais de 180 presos políticos em diferentes penitenciárias do país, alguns detidos domiciliarmente.
Em 2018 e 2019, houve tentativas de estabelecer um diálogo nacional para que o país saísse da crise, com intermediação ou acompanhamento da Igreja Católica, Núncio Apostólico e Organização dos Estados Americanos (OEA).
As duas rodadas, contudo, fracassaram quando a oposição acusou o governo de Ortega de descumprir os compromissos anteriores às assinaturas de acordos.
A CIDH e o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos já documentaram casos de tortura e maus-tratos contra os presos políticos, assim como agressões sexuais contra familiares que os visitam, especialmente, mulheres.
Desde abril de 2018, a CIDH, a OEA e o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos divulgaram resoluções para que o governo do país liberte definitivamente os presos políticos, todas sem sucesso.
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