Familiares de reféns israelenses raptados pelo grupo islâmico Hamas e que permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza se manifestaram neste sábado (18) em Jerusalém, em frente à residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acompanhados por milhares de pessoas e depois de marcharem durante cinco dias após sair da cidade de Tel Aviv.
Carregando bandeiras israelenses e inúmeros cartazes e camisetas com os rostos dos reféns, os familiares chegaram hoje a Jerusalém para pressionar pela libertação dos seus entes queridos mantidos em cativeiro em Gaza. “Agora, agora, em casa agora”, foi o grito que resumiu a reivindicação dos familiares, que há 43 dias não têm notícias dos seus entes queridos e dizem estar cansados de esperar.
"Não temos o privilégio de ficar em casa. Não podemos ficar sentados em silêncio esperando que alguém nos conte o que está acontecendo, porque ninguém nos conta nada", disse Yuval Haran, organizador da marcha e um dos vários parentes dos sequestrados que protestaram em frente à residência de Netanyahu. “Somos 80 famílias, acompanhadas hoje por dezenas de milhares de pessoas que nos apoiam, que marcharam conosco e nos ajudam a alçar a voz para que o mundo inteiro possa nos ouvir”, acrescentou Haran, que tem sete familiares raptados em Gaza. “Pedimos apenas uma coisa: reúnam-se conosco, expliquem-nos”, exclamou, queixando-se de o governo não ter transmitido informações às famílias sobre o paradeiro dos reféns nem sobre as negociações para sua libertação.
A ele se juntaram vários outros oradores, que têm irmãos e filhos sequestrados na Faixa de Gaza. Diferentes mensagens foram ouvidas entre os que acompanharam a marcha, tanto de apoio às famílias como de vozes críticas ao governo israelense. Além disso, representantes das famílias dos reféns se reunirão esta noite com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e com o ex-ministro da Defesa e atual membro do gabinete de guerra, Benny Gantz. Após a reunião, está previsto um novo protesto em Tel Aviv.
Paralelamente a estes acontecimentos, neste sábado ocorreram também manifestações em outras cidades do país. Em Haifa, centenas de pessoas reuniram-se para pedir a demissão do primeiro-ministro, enquanto outras centenas, incluindo judeus e árabes israelenses, protestaram em Tel Aviv para pedir o fim da guerra e exigir um acordo para a libertação dos reféns.