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Familiares e amigos lembram os 29 anos de desaparecimento de jovem

Uma manifestação na praça de São Pedro, no Vaticano, relembrou neste domingo (27) os 29 anos de desaparecimento de Emanuela Orlandi. A filha de um funcionário do Vaticano tinha 15 anos quando, em 22 de junho de 1983, desapareceu enquanto ia para a escola de música, em Sant'Apolinare, no centro de Roma.

O ato ocorreu enquanto o papa Bento 16 fazia a oração da tarde.

O caso voltou à tona depois de a polícia ter desenterrado há duas semanas o mafioso Enrico de Pedis, sepultado na basílica medieval de Sant'Apolinare, próxima à piazza Navona.

A basílica é reservada somente ao enterro de papas e cardeais. Um informante da Santa Sé disse que o Vaticano recebeu uma doação da viúva do mafioso para abrir a exceção.

Enrico de Pedis, último líder da chamada Banda de Magliana -organização mafiosa que atuava em Roma na década de 80- foi assassinado no centro de Roma em 1990.

O Ministério Público italiano tomou a decisão de abrir o túmulo após o programa de TV "Chi L'ha visto" ("Quem o viu", na tradução do italiano) ter recebido, em 2005, um telefonema anônimo avisando que o mafiaso estava enterrado na basílica romana. Em testemunho, a namorada de De Pedis revelou que havia sido ele o responsável pelo sequestro de Emanuela.

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