Parentes de vítimas do voo MH370 choram: familiares protocolaram ação contra a companhia aérea| Foto: FRED DUFOUR/AFP

As famílias de 12 passageiros chineses do voo MH370 da Malaysia Airlines entraram com uma ação contra a companhia aérea nesta segunda-feira (7) em Pequim, na véspera do segundo aniversário do desaparecimento do avião.

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Reunidos em um pequeno escritório do Tribunal de Assuntos Ferroviárias da capital chinesa, responsável pelo caso do MH370, os parentes, alguns em lágrimas, entregaram aos funcionários os documentos necessários, constatou a AFP.

O voo MH370 que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 153 chineses, desapareceu no dia 8 de março de 2014, depois de, oficialmente, cair no meio do Oceano Índico. O caso é até hoje o maior mistério da história da aviação civil moderna.

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O direito internacional dá às famílias dois anos para apresentar processos relativos a acidentes aéreos.

Mas as famílias chinesas estavam “profundamente dilaceradas” sobre a decisão de recorrer à justiça, segundo o advogado Zhang Qihuai, do escritório de advocacia Lapeng que representa os familiares.

Mesmo após a apresentação desta ação, muitos parentes dos chineses desaparecidos continuam convencidos de que seus entes queridos ainda estão vivos, talvez retidos a força em algum lugar, apesar de um pedaço do avião ter sido encontrado na ilha francesa da Reunião outros possíveis vestígios em Moçambique.

“Eles acreditam que se aceitarem uma indenização, a companhia aérea pode rejeitar qualquer responsabilidade adicional e lavar as mãos sobre o que aconteceu, e que a opinião pública esquecerá espontaneamente tudo o que aconteceu”, explicou Zhang.

A indenização pedida varia entre 5 e 8 milhões de iuanes (US$ 770 mil a US$ 1,2 milhão) por vítima, informou, indicando que essa variação é de acordo com as idades e níveis de renda das vítimas.

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“No começo, muitos não queriam apresentar uma queixa e preferiam continuar esperando. Mas há um limite de tempo, e por isso já não tinham mais escolha. Perder o direito de processar a companhia seria uma dor terrível”, ressaltou.

Vários escritórios de advocacia dos Estados Unidos, da Malásia, da Austrália e da China declararam à AFP que começaram a tomar medidas legais em nome de familiares das pessoas desaparecidas.

A Austrália lidera os trabalhos de buscas no sul do Oceano Índico, nas profundezas de uma área de 120.000 quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Nicarágua.

Mas os esforços para localizar os restos do avião foram até agora infrutíferos, e na ausência de novas pistas as autoridades pretendem completar suas operações em meados do ano.

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