Parentes de vítimas de uma explosão numa mina de carvão no nordeste da China entraram em confronto com a polícia e exigiam respostas dos proprietários da mina nesta segunda-feira, enquanto a mídia estatal afirmava que 104 pessoas morreram na explosão.
O protesto aconteceu um dia depois de 11 mineiros morrerem em uma outra explosão na província de Hunan, sul do país, informou a Xinhua. O governo chinês, obcecado pela estabilidade, está nervoso com qualquer protesto público e estará disposto a manter o descontentamento sob controle.
A China tem a mais mortal indústria de carvão do mundo, com mais de 3 mil mortes em inundações, explosões, desabamentos e outros acidentes em minas somente em 2008.
A explosão do sábado na mina de Hegang, na província de Heilongjiang, aconteceu quando mais de 500 mineiros estavam no subterrâneo, embora a maioria deles tenha sido resgatado.
Cerca de 12 mulheres, parentes dos mortos na explosão, enfrentaram a temperatura congelante para levar suas reclamações contra a falta de informações para a entrada da mina, onde entraram em confronto com a polícia e com a segurança da mina.
"Nenhuma das autoridades morreu, todos os mortos são trabalhadores", gritou uma mulher. "As autoridades ainda estão vivas, os trabalhadores estão todos mortos. Nenhuma dessas autoridades sequer desceu nessa mina."
Algumas das mulheres foram levadas para dentro do complexo da mina, outras colocadas em uma van branca. Pelo menos uma mulher foi arrastando gritando para um carro e levada embora.
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