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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sofre forte pressão das famílias de reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sofre forte pressão das famílias de reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza| Foto: EFE/EPA/Abir Sultan

Familiares dos reféns mantidos na Faixa de Gaza invadiram nesta segunda-feira (22) uma reunião no Knesset (Parlamento de Israel) para protestar contra os mais de 100 dias de cativeiro dos seus entes queridos nas mãos do Hamas e para exigir um acordo imediato.

"Todos os outros assuntos podem esperar. Mas os reféns não têm mais tempo", afirmou hoje o Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos em um comunicado, justificando o protesto depois de na véspera terem enviado uma carta ao Secretariado do Knesset "implorando que não tratem de nada que não esteja relacionado com o retorno dos reféns”.

Ao não receberem resposta, alguns familiares romperam hoje o cordão de segurança e entraram em uma reunião do gabinete financeiro, segundo relatos da imprensa local.

Neste domingo (21), esses mesmos familiares convocaram um acampamento em frente à residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, onde são esperados novos protestos esta noite, que são precedidos de manifestações massivas em várias cidades do país.

Netanyahu reuniu-se hoje com alguns dos familiares, a quem garantiu não haver “nenhuma proposta real do Hamas”, segundo um comunicado do seu gabinete, depois de ontem ter sido revelado que Catar e Egito estão tentando promover novas negociações que contemplariam um cessar-fogo e a retirada das tropas israelenses de Gaza, para que o Hamas devolva todos os reféns no prazo de 90 dias.

Ontem, Netanyahu rechaçou este plano proposto pelo Catar e pelo Egito, por entender que implica na “rendição” de Israel aos “monstros do Hamas”, algo que incomodou as famílias, que então acamparam em frente à sua residência em Jerusalém.

O plano de 90 dias propunha um cessar-fogo duradouro durante o qual o Hamas libertaria todos os reféns civis, enquanto Israel soltaria centenas de prisioneiros palestinos, se retiraria das cidades de Gaza, permitiria a liberdade de movimento no enclave, cessaria o uso de drones e duplicaria a quantidade de ajuda permitida.

Em uma segunda fase, o Hamas liberaria as mulheres soldados e os corpos dos reféns - cerca de 27, frente aos cerca de 110 reféns que permaneceriam vivos dentro da Faixa - e Israel libertaria mais prisioneiros; enquanto na terceira fase Israel retiraria suas tropas para a fronteira de Gaza e o grupo islâmico terminaria de libertar todos os soldados reféns e homens em idade de combate.

“Se aceitarmos isto, os nossos guerreiros terão caído em vão e não poderemos garantir a segurança dos nossos cidadãos”, disse Netanyahu na noite passada.

O ataque brutal do grupo terrorista contra Israel terminou com mais de 1.200 mortos e cerca de 240 raptados, dos quais 105 foram libertados em uma primeira e única trégua com o Hamas em novembro, em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinos. Estima-se que 136 pessoas ainda estejam detidas, mas pelo menos 27 delas já estão mortas, segundo a inteligência israelense. (Com Agência EFE)

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