O papa Francisco recebeu nesta quarta-feira (22), no Vaticano, um grupo de 12 famílias de reféns israelenses que foram sequestrados pelo Hamas durante os ataques terroristas do grupo palestino realizados contra o território de Israel no dia 7 de outubro.
No encontro, essas famílias pediram ao pontífice que “interceda” pelos reféns que estão em Gaza e que pressione o grupo terrorista Hamas a permitir a entrada da Cruz Vermelha Internacional na região para verificar as condições dos reféns.
"Queremos que a Cruz Vermelha Internacional ou qualquer outra organização de ajuda humanitária venha e veja cada refém e nos diga se estão vivos, como estão sendo tratados ou os cuidados de que necessitam", disse Rachel Goldberg, mãe de um refém que está em Gaza.
Os familiares aproveitaram o encontro com o papa os familiares para falar sobre a situação de seus parentes, que estão entre os 240 israelenses capturados pelos terroristas do Hamas durante os ataques do dia 7 de outubro. Eles disseram que não têm notícias deles há mais de um mês e que alguns estão “gravemente feridos”. Eles também expressaram sua esperança de que o acordo para libertar os 50 reféns, anunciado pelo governo de Israel nesta terça-feira (21), seja cumprido e que mais libertações sejam negociadas.
"Mesmo que 50 sejam libertos, ainda restarão 190", afirmou Goldberg.
O papa Francisco “ouviu com compaixão e prometeu fazer tudo o que pudesse para ajudar as famílias”, disseram os parentes de reféns que participaram da reunião. Além de se reunir com parentes de reféns israelenses, o papa também se encontrou com pessoas próximas a prisioneiros palestinos que estão sob a custódia de Israel.
Os familiares dos reféns israelenses agradeceram ao papa por “seu tempo e sua atenção”. Além disso, eles também denunciaram que o grupo terrorista Hamas está usando seus cidadãos como “escudos humanos” e “disparando foguetes contra Israel”.
O embaixador de Israel no Vaticano, Raphael Schutz, disse que a reunião com o papa nesta quarta-feira foi “parte do esforço para manter a questão dos reféns na consciência do mundo” e para sensibilizar a opinião pública sobre o sofrimento causado pelo Hamas. (Com Agência EFE)