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Famílias de cidadãos franceses trabalhando para a Michelin na Argélia foram repatriadas devido aos temores de deterioração das condições de segurança na ex-colônia francesa, afirmaram neste sábado um diplomata francês e a companhia.

Marc Bouteiller, chefe da missão econômica francesa na Argélia, confirmou à Reuters a reportagem do jornal local El Khabar, neste sábado, sobre a decisão da empresa francesa.

Fabienne de Bredisson, porta-voz da Michelin, também confirmou a repatriação, mas disse que "não é específico da Michelin. Há muitos cidadãos franceses que foram repatriados... Mas não houve ameaças".

Ela negou-se a dizer quando as famílias partiram ou quantas partiram.

Num vídeo recente, o segundo homem no comando da al Qaeda, Ayman al Zawahri, pediu que os partidários do grupo no norte da África "limpem" sua terra de espanhóis e franceses.

A ala norte-africana da al Qaeda reivindicou a autoria do ataque suicida com um carro-bomba em 21 de setembro contra um comboio policial que escoltava trabalhadores estrangeiros e feriu nove pessoas, incluindo dois franceses e um italiano.

Foi o segundo atentado contra estrangeiros desde março, quando três argelinos e um russo morreram no ataque a um ônibus que transportava os empregados de uma empresa de construção de gasoduto russa.

Cerca de 200 mil pessoas foram mortas na Argélia desde 1992, quando autoridades apoiadas pelos militares cancelaram as eleições parlamentares que um partido islâmico estava prestes a vencer.

A violência diminuiu nos últimos anos, mas ainda ocorrem derramamentos de sangue, principalmente na Cabília e arredores.

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