As celebridades que cheiram cocaína estão incentivando um tipo de comércio que destrói comunidades inteiras na América Latina e na África, disse na quinta-feira o responsável das Nações Unidas pela luta contra o crime.
"Uma música, uma imagem ou uma declaração que faça a cocaína parecer algo bom pode colocar a perder milhões de dólares em campanhas de prevenção e educação contra a droga", de acordo com o texto de discurso de Antonio María Costa, chefe do Escritório das Nações Unidas contra as Drogas e Crimes.
"O consumo (da droga) aqui e na Europa está causando outro desastre na África, que ainda precisa lidar com a pobreza, o enorme desemprego e com pandemias", disse Costa.
Os traficantes de cocaína da América do Sul voltaram suas atenções para a África Ocidental em busca de uma rota para negociar com a Europa, advertiram autoridades.
Na Colômbia, a cocaína também contribui com centenas de milhares de dólares para financiar a guerrilha e os paramilitares de extrema direita, que acabam com milhares de vidas por ano, principalmente entre a população pobre do país.
"Os europeus entendem agora que não devem comprar diamantes de sangue, ou roupa feita por escravos em locais com péssimas condições", afirmou Costa.
"Mesmo que para os viciados em cocaína não importe a própria saúde, eles deveriam certamente ser responsáveis pelo dano que provocam aos outros", avaliou.
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