Semanas após sua morte, o líder socialista venezuelano Hugo Chávez ainda conduz os partidários no canto do hino nacional.

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A voz gravada do ex-presidente ressoa nos comícios de seu herdeiro político, o presidente interino Nicolás Maduro, que se posiciona sob cartazes com o rosto de Chávez e acena para multidões carregando cartazes com o nome dele.

Maduro, que é o favorito para ganhar uma eleição desencadeada pela morte de Chávez no mês passado, raramente perde a chance de citar o homem que muitos venezuelanos conhecem como "El Comandante".

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"Todas as profecias de Hugo Chávez, o profeta de Cristo nesta terra, tornaram-se realidade", entoou Maduro em um comício comemorando o aniversário da libertação do ex-presidente da prisão por liderar um fracassado golpe em 1992.

"Na eternidade, ou onde quer que esteja, você deve estar orgulhoso porque você deixou ao nosso povo a maior herança de todas: uma nação livre e independente no caminho para o socialismo", disse ele sobre o homem amado por seus defensores como um salvador, mas execrado por adversários como um ditador.

Buscando explorar a emoção após a morte do ex-líder, a campanha presidencial de Maduro colocou a imagem de Chávez em quase tudo, exceto a cédula.

Dos discursos retumbantes celebrando os dias de Chávez como um conspirador militar de esquerda a histórias contadas em voz baixa dos seus dias finais sofrendo de câncer, Maduro fez do fantasma de Chávez a peça central de sua campanha.

Pesquisas mostram o ex-motorista de ônibus de 50 anos, a quem Chávez nomeou seu sucessor antes de morrer, à frente do candidato da oposição Henrique Capriles por, pelo menos, 14 pontos percentuais.

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