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Centenas de civis e policiais protestaram contra as Farc e a morte de reféns em dezembro de 2011 | AFP PHOTO/Luis ACOSTA
Centenas de civis e policiais protestaram contra as Farc e a morte de reféns em dezembro de 2011| Foto: AFP PHOTO/Luis ACOSTA

A guerrilha colombiana das Farc anunciou que libertará 10 reféns, quatro a mais do que havia se comprometido a deixar em liberdade em dezembro, enquanto disse que renuncia ao sequestro de civis, segundo um comunicado divulgado neste domingo em seu site www.farc-ep.co.

"Queremos comunicar nossa decisão de somar à anunciada libertação dos seis prisioneiros de guerra a dos quatro restantes em nosso poder", indicou o comunicado, assinado pelo Secretariado (comando central) das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

O maior e mais antigo grupo guerrilheiro do país, com mais de 47 anos de existência e cerca de 9.000 combatentes, anunciou também que não sequestrará mais civis como forma de financiar economicamente suas atividades.

"Muito se falou a respeito dos sequestros de pessoas, homens ou mulheres civis, que com fins financeiros nós das Farc efetuamos para apoiar nossa luta. (...) Anunciamos também a partir desta data o fim da prática deles em nossa atuação revolucionária", ressaltou o documento.

"É hora de começar a esclarecer quem e com que propósitos sequestram hoje na Colômbia", acrescentou.

No comunicado, as Farc aceitaram também que o governo brasileiro forneça a logística para a libertação dos dez reféns, como já ocorreu em ocasiões anteriores.

No final de dezembro passado, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia anunciaram a sua intenção de libertar seis membros das forças de segurança de um grupo de pelo menos dez que mantinham em seu poder há mais de 12 anos.

No entanto, essa libertação foi adiada inicialmente porque, segundo as Farc, a área onde seria realizada estava cercada por militares. Além disso, ressaltaram que estavam à espera de que o governo aceitasse a participação de um país que fornecesse a logística necessária.

Há duas semanas o presidente Juan Manuel Santos anunciou que o Brasil havia sido autorizado a colaborar na libertação dos membros da força pública, cinco policiais e um militar.No dia 16 de fevereiro, o governo brasileiro anunciou que aceitava colaborar com a libertação.

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