As Farc anunciaram neste sábado (2) a vontade de libertar dois policiais que foram sequestrados em 25 de janeiro e um soldado que também foi privado de sua liberdade desde terça-feira durante os combates no sudoeste do país.
A guerrilha informou a decisão através de um comunicado em seu site, e pela primeira vez se referiu ao militar, mas não revelou sua identidade.
Na mensagem, a guerrilha comentou pela primeira vez o sequestro dos policiais Cristian Camilo Iate e Víctor Alfonso González, que segundo as Farc foram sequestrados quando "se encontravam em trabalhos de inteligência encaminhados a combater unidades guerrilheiras".
"Comunicamos a seus parentes que eles se encontram em boas condições e recebendo um tratamento respeitoso e digno. Procederemos com a ideia de colocá-los em liberdade com intermediação dos Colombianos e Colombianas pela Paz e com o acompanhamento do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)", acrescentou.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não se referiram a nenhuma data estimada para a libertação dos três membros da polícia.
O grupo insurgente explicou que "nos combates do terça-feira passada em Policarpa (Nariño) com tropas do Exército oficial" fizeram uma coleta de armas, entre elas uma metralhadora, um lança-granadas, três fuzis Galil, mil cartuchos, 16 provedores e 10 granadas.
"Capturamos também um soldado, o qual estamos dispostos a entregar simultaneamente com os policiais antes mencionados. Porém, estranhamos o silêncio do Ministério da Defesa com relação a este último", conclui, assinado nas "montanhas da Colômbia" com data de ontem.
Nestas ações também morreram quatro soldados e outros dois ficaram feridos, segundo tinham informado as autoridades.
O cativeiro dos dois policiais e de três engenheiros que foram sequestrados e imediatamente libertados nesta semana, assim como uma aumento do conflito na Colômbia, mancharam o atual ciclo de negociações de paz que a guerrilha e o Governo desenvolvem em Havana.