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As Farc afirmaram que têm disposição para assumir as consequências do conflito armado colombiano e que estão convencidas de que o processo de paz seguirá adiante, segundo um comunicado publicado por seu máximo chefe, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko".

"Nossa melhor disposição de explicar quanto for necessário e assumir as correspondentes consequências existem sem dúvidas", manifestou Timchenko no artigo datado de 8 de agosto nas "Montanhas da Colômbia".

O chefe guerrilheiro alega que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são vítimas de uma campanha negativa da "classe dominante" com o apoio da imprensa, mas assegura que estão convencidos de alcançar a paz nas negociações que são realizadas em Cuba com o governo há 20 meses.

"Mas estamos nisto. Convencidosae seguir adiante, seguros de que após um acordo de paz, a Colômbia não seguirá sendo a mesma. E nisso precisamente nos diferenciamos de nossos adversários, eles só aspiram nos tirar do meio para não mudar nada, para que tudo siga igual", acrescentou.

Segunda conversa do mandato do atual presidente

O comunicado é o primeiro do chefe guerrilheiro desde o início, na quinta-feira, do segundo mandato do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que em seu discurso de abertura reivindicou às Farc "atos de paz" após advertir que os atos violentos das últimas semanas são "inaceitáveis" e põem o risco o processo de paz.

Segundo Timochenko, "a ideologia dominante" exige que os guerrilheiros "sejam condenados sem piedade" por seus crimes e rejeitou a ideia que essa mesma "classe dominante" e que os apoiam "têm as mãos limpas de sangue do povo colombiano".

Segundo o chefe guerrilheiro, se o governo e a classe dominante "decidiram ensaiar a via dos diálogos, foi com o propósito de obter na mesa de conversas a vitória que foi negada durante meio século nos campos de batalha".

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