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O número 2 das Farc, Ivan Márquez, lê comunicado antes de reunião de paz, em Havana | EFE
O número 2 das Farc, Ivan Márquez, lê comunicado antes de reunião de paz, em Havana| Foto: EFE

A guerrilha colombiana Farc se uniu ontem ao governo do presidente Juan Manuel Santos para pedir maior "celeridade" na busca por um acordo de paz e para insistir na necessidade de acordos concretos, moderando assim sua postura inicial de não aceitar limites para a negociação.

A conclamação coincidiu com o início, em Havana, da terceira rodada de um processo de negociação iniciado em novembro, após mais de dez anos de hiato nas tentativas de encerrar um conflito interno que matou milhares de pessoas em quase cinco décadas.

"Em lugar de tanta retórica, comecemos com propostas concretas para discutir essa temática para ver como avançamos. Queremos chegar logo a um entendimento", disse o negociador-chefe da guerrilha, Iván Márquez.

O chefe da delegação governamental colombiana, o ex-vice-presidente Humberto de la Calle, também pediu mais pressa nas negociações.

"As pessoas querem ver um processo eficaz, digno rápido, sério, e nisso é que estamos", afirmou De la Calle horas antes do início do encontro.

Desde o início do processo de paz, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se opõem à imposição de prazos, com o argumento de que não é possível solucionar em poucos meses um conflito tão prolongado.

Nesta segunda-feira, a guerrilha anunciou a primeira de dez propostas previstas para esta etapa, em que serão esboçados os princípios de uma reforma rural e agrária integral.

A proposta inclui entre outros propósitos a desconcentração e redistribuição da propriedade fundiária, a melhora nas condições de propriedade e produção para pequenos e médios proprietários e a adoção de limites contra a aquisição de terras por estrangeiros.

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