As FARC, guerrilha marxista colombiana, afirmaram neste domingo (13) que estão dispostas a libertar, sob algumas condições, o jornalista francês Romeo Langlois, sob o domínio da guerrilha colombiana desde 28 de abril, informou a agência cubana Prensa Latina.
"As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (Farc-EP) anunciaram hoje (domingo) sua disposição a entregar o jornalista francês Romeo Langlois",
A agência acrescentou que, em uma declaração emitida na Colômbia, "o Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP destaca que, para garantir ainda mais sua vida e integridade (de Langlois), propõe entregá-lo em local seguro a uma comissão formada pela Cruz Vermelha Internacional, a (ex) senadora Piedad Córdoba e um representante pessoal do novo presidente da França, François Hollande".
As FARC ainda declararam que "apreender em meio a um combate quem se veste com um uniforme militar do inimigo (o Exército da Colômbia) e o acompanha em nada fere o nosso compromisso (de não sequestrar com fins lucrativos). Só uma visão francamente tendenciosa pode considerar isso um sequestro", disse o comunicado da guerrilha, de acordo com a Prensa Latina.
Langlois, de 35 anos, foi sequestrado pelas FARC na região colombiana de Caquetá (sul) quando viajava com uma patrulha militar para realizar uma reportagem para a emissora de televisão France 24.
As FARC informaram, pouco depois, que o tinham como "prisioneiro de guerra", pois usava um colete anti-balas e um capacete dados pelo Exército, e foi capturado em meio a um combate.
Essa declaração das FARC foi duramente criticada por entidades humanitárias e de defesa da liberdade de imprensa, que lembraram que Langlois se encontrava em uma missão jornalística e não perdeu a proteção que se reserva aos civis em um conflito armado.
As comunistas FARC são a principal guerrilha da Colômbia, com mais de 45 anos de luta armada e cerca de 9.200 combatentes.
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