Bogotá Após chocar o país com o anúncio da morte de 11 reféns, as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) condicionaram ontem o envio dos corpos dos deputados seqüestrados ao relaxamento dos confrontos com autoridades na região da matança.
"Precisamos coordenar a entrega dos corpos; isso vai depender do relaxamento dos confrontos militares na área onde os eventos ocorreram", afirmou em uma carta o porta-voz das Farc, Raul Reyes.
A carta foi enviada a Fabiola Perdomo, mulher de um dos 11 políticos mortos. As Farc anunciaram as mortes ontem e afirmaram que os reféns foram atingidos durante um tiroteio com o Exército, que tentava resgatá-los.
O governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, defende no entanto que os reféns já haviam sido assassinados pelas Farc antes da troca de tiros com o Exército. Os 11 políticos estavam em poder da guerrilha há mais de cinco anos.
As mortes podem complicar as tentativas de acordo entre Uribe e as Farc para trocas de prisioneiros. Entre os reféns que ainda estão em poder da guerrilha, estão a política franco-colombiana Ingrid Betancourt e três americanos.