O policial Carlos Ocampo, que passou um mês e meio sequestrado| Foto: Jose Miguel Gomez/Reuters

A guerrilha Farc libertou no domingo mais um refém na Colômbia, o quarto em uma semana, mas a esperada entrega de dois oficiais militares não aconteceu, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

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A libertação de reféns provocou especulações sobre uma possível negociação de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), embora o governo colombiano diga que isso só acontecerá quando todas as pessoas sequestradas forem soltas e a guerrilha abandonar as hostilidades.

Usando helicópteros militares cedidos pelo Brasil, a missão formada pela Cruz Vermelha e pela ex-senadora Piedad Córdoba foi a uma zona de selva para recolher o policial Carlos Ocampo, que passou um mês e meio sequestrado.

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Ocampo, capturado enquanto escoltava um prefeito colombiano, parecia bem e sorriu ao descer do helicóptero em Ibagué, e depois ao abraçar familiares na pista de um aeroporto militar de Bogotá.

Dois outros militares que deveriam ser soltos não o foram. O governo acusou as Farc de indicar coordenadas incorretas para a entrega, mas familiares disseram anteriormente que o mau tempo aparentemente havia postergado a operação.

"O governo cumpriu seu compromisso, mas as Farc estão realizando um ato escandaloso", disse Eduardo Pizzarro, representante do governo na operação. Os rebeldes não se manifestaram.

As Farc ainda mantêm consigo cerca de 16 policiais e soldados como reféns de caráter político. Alguns deles estão há mais de uma década em acampamentos secretos, onde costumam passar meses acorrentados ou são obrigados a longas caminhadas para fugirem de patrulhas militares.

No passado, as Farc propunham trocar reféns por combatentes presos pelo governo, mas nos últimos anos a guerrilha tem feito diversas libertações unilaterais, o que segundo analistas serve para manter o grupo em evidência e melhorar sua imagem internacional.

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