A liderança máxima das Farc, Timoleón Jiménez, pediu em uma carta pública ao papa Francisco seu apoio à reta final do processo de paz na Colômbia frente à ameaça dos grupos paramilitares, que segundo o líder rebelde podem prejudicar os diálogos.
Em uma mensagem enviada neste domingo (17) de Havana, sede das negociações de paz, Jiménez alertou ao chefe da Igreja católica sobre o perigo sinalizado pelos paramilitares para o encerramento das negociações que pretendem pôr fim a meio século de enfrentamento armado na Colômbia.
O líder da guerrilha comunista afirmou que “organizações paramilitares” desataram uma “ofensiva criminal” contra as negociações de paz iniciadas em novembro de 2012.
Nesse sentido, apelou ao “protagonismo” da Igreja e pediu ao papa Francisco seu apoio na etapa definitiva dos diálogos.
“Pensamos que sua Igreja poderia desempenhar uma tarefa correspondente na Colômbia, desde a mais humilde paróquia a suas mais altas hierarquias: despertar no coração dos confusos o apoio à paz e à reconciliação”, disse Timochenko.
Segundo Bogotá, o papa desempenhou “um papel muito significativo” no processo de paz na Colômbia e pediu publicamente ao governo e aos rebeldes que evitassem o fracasso das negociações.
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