A autópsia que irá explicar a causa da morte da cantora Amy Winehouse, encontrada morta em sua casa aos 27 anos na tarde de sábado, deve ser realizada hoje, de acordo com a polícia de Londres, que inicialmente havia previsto a necropsia para ontem.
A morte ainda é tratada como inexplicada, mas, ao melhor estilo dos tabloides londrinos sensacionalistas, sobram especulações.
Como a polícia não divulgou quem estava com ela quando os paramédicos chegaram, ou se estava sozinha, falou-se que o o socorro teria sido chamado pelo namorado, o cineasta Reg Traviss.
Mas o amigo e assessor da cantora, Chris Goodman, teria dito ao site TMZ que Amy "morreu sozinha na cama", enquanto um segurança particular estava no apartamento, e que foi ele quem chamou o resgate quando percebeu que ela não estava respirando.
Os tabloides britânicos de ontem afirmavam que Winehouse foi vista comprando uma grande quantidade de drogas na noite de sexta-feira. Segundo o Sunday Mirror, ela comprou cocaína, heroína, ecstasy e ketamina. Um amigo da cantora disse ao mesmo jornal que, apesar de todas as drogas compradas por ela, o que provocou a sua morte foi overdose provocada por ecstasy de má qualidade.
Privacidade
A família de Amy Winehouse soltou um comunicado à imprensa ontem lamentando a perda da cantora. Na nota, a família diz que abriu-se uma lacuna em suas vidas e pede que sua privacidade seja respeitada.
"Nossa família ficou desolada com a perda de Amy, uma filha, irmã e sobrinha maravilhosa. Ela deixa um espaço vazio em nossas vidas. Estamos unidos para lembrá-la e gostaríamos de ter privacidade e espaço nesse momento terrível", diz a mensagem.
Em entrevista ao tabloide Sunday Mirror, Janis Winehouse, mãe da cantora, declarou ter estado com a filha na última sexta e afirmou ter sentido que sua morte era apenas uma "questão de tempo". "Ela parecia fora de controle", disse.
O pai da cantora, Mitch Winehouse, também falou ao jornal por telefone. Ele estava nos EUA para fazer dois shows com sua banda de jazz, mas cancelou as apresentações e voltou para a Inglaterra. "Eu escrevi uma homenagem a ela no mês passado. Quando ela estava no hospital, eu realmente cheguei a pensar que isso poderia acontecer. Os médicos disseram que se ela sequer cheirasse droga de novo, ela morreria", teria dito Mitch.
Segundo o respeitado jornal The Guardian, recentemente Mitch contou que Amy tinha enfisema pulmonar e que os médicos alertaram que ela não sobreviveria se voltasse a fumar drogas pesadas. Na mesma ocasião, o pai de Amy reclamou dos traficantes que levavam as pedras de crack até sua filha.
Homenagens
Durante o dia de ontem, fãs depositaram flores, fotos e recados para a cantora na Praça de Camden, próximo ao apartamento onde morava.
O produtor Salaam Remi, que trabalhou com Amy Winehouse em seus dois álbuns Frank (2003) e Back to Black (2006) divulgou ontem uma versão inédita da música "Some Unholy War". O nome de Amy já ocupa o número um no ranking do site iTunes e a venda de discos dela cresceu 37 vezes, segundo a Official Charts Company.