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O comitê central do partido Fatah, dirigido pelo presidente palestino Mahmud Abbas, anunciou nesta terça-feira (12) que retirará seus ministros do governo de união se prosseguirem os combates com o movimento Hamas.

O comitê central divulgou um comunicado com esta posição depois de uma reunião de mais de duas horas em Ramallah. Pelo menos 28 palestinos, na maioria membros dos serviços de segurança do presidente Mahmud Abbas e combatentes do movimento islâmico Hamas, morreram em recentes combates na Faixa de Gaza, segundo fontes médicas. O número de feridos já deve superar uma centena, de acordo com as mesmas fontes.

Os combates ainda se concentraram numa base dos serviços de segurança, fiéis a Abbas, no leste de Jabaliya, posto que o Hamas anunciou ter conquistado depois de várias horas de combate.

Estas mortes elevaram para 47 o número de mortos na nova onda de violência entre facções palestinas, iniciada em 7 de junho. Várias casas pertencentes ao Fatah e ao Hamas foram incendiadas por militantes rivais.

Ativistas do Hamas também seqüestraram dois técnicos da televisão palestina em um estação de transmissão em Gaza e dinamitaram o prédio, segundo um funcionário da emissora. O Hamas acusa esta emissora de vínculos com o Fatah.

Várias colunas de fumaça dominam a paisagem de Gaza e um grupo de homens armados e encapuzados do Hamas ou dos serviços de segurança leais ao Fatah levantaram barreiras com cimento e pneus para controlar a passagem dos poucos carros que transitavam pelas ruas.

Hamas e Fatah integram o governo de união palestino criado em março, que pôs fim a um ano de violência entre os dois movimentos depois de centenas de mortes.

Os enfrentamentos recomeçaram principalmente por causa das divergências sobre modalidades de aplicação de um plano que pretende pôr fim à anarquia em relação à segurança que reina nos territórios palestinos.

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