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O dirigente do movimento nacionalista palestino Fatah, Azam al Ahmed, anunciou nesta terça-feira no Cairo que decidiu adiar a formação de um governo de união nacional a pedido do movimento islamita Hamas.

"Acordamos adiar a formação do governo a pedido de Khaled Meshaal (líder do Hamas) e esperamos superar em breve os obstáculos porque este Executivo supõe a essência do fim de nosso conflito", disse Ahmed aos jornalistas na sede da Liga Árabe.

Ahmed afirmou que a comissão eleitoral encarregada de preparar as próximas eleições após um recente acordo entre as duas partes não pode trabalhar na Faixa de Gaza porque - argumentou - o Hamas impede sua atuação "sem nenhuma justificativa lógica".

"Parece que há alguns líderes do Hamas em Gaza que não querem que consigamos a reconciliação para proteger seus interesses. Esperamos que acabe o conflito interno do Hamas e que cheguem a um acordo sobre a formação do governo", acrescentou Ahmed.

As duas principais facções palestinas assinaram em maio no Cairo um pacto pelo qual se comprometiam a pôr fim a suas diferenças e a criar um governo de unidade encarregado de organizar eleições gerais e presidenciais antes de um ano.

A disputa entre Fatah e Hamas remonta a junho de 2007, quando os islamitas tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais ao líder nacionalista, Mahmoud Abbas, o que originou dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP, ligado ao Fatah, na Cisjordânia.

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