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Cidade de Gaza – Centenas de membros de forças de segurança leais ao presidente Mahmoud Abbas atiraram ontem no Parlamento palestino, atearam fogo a um prédio do governo e seqüestraram um deputado, em meio a uma série de ataques contra instituições públicas controladas Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) e seus membros.

Os ataques foram uma resposta ao atentado cometido por homens do Hamas, horas antes, contra um órgão de segurança palestino, desencadeando uma escalada de violência que durou o dia inteiro e terminou com dois mortos e pelo menos 14 feridos.

Depois de atirar contra o Parlamento, quebrando vidros de várias janelas, os integrantes das forças do Fatah invadiram os dois prédios do complexo governamental, também situado em Ramallah (Cisjordânia), destruíram móveis e computadores e espalharam documentos pelo chão. Os invasores também capturaram um deputado do Hamas, que foi libertado horas depois. Um dos prédios foi incendiado. Quando um carro dos bombeiros chegou, um dos agressores deitou no chão, barrando sua passagem. Não há registro de vítimas.

"Toda vez que tocarem em um dos nossos em Gaza nós atingiremos dez dos deles na Cisjordânia’’, disse um integrante da Segurança Preventiva palestina, ligada ao Fatah. O dia de violência nos territórios palestinos foi mais um desdobramento da luta de poder entre o Fatah e o Hamas desde a eleição de janeiro, que deu ao grupo terrorista o controle do Parlamento e do gabinete.

Em uma tentativa de romper o impasse, o presidente Abbas deu ao Hamas um ultimato para que aceitasse uma proposta de conciliação que incluía o reconhecimento de Israel, ameaçando convocar um plebiscito caso não houvesse acordo. Após prorrogação de três dias, Abbas convocou o plebiscito para o dia 26 de julho. A votação no Parlamento sobre o plebiscito está marcada para o próximo dia 20.

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