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Gaza – Enquanto o presidente dos EUA, George W. Bush, recebia ontem em Washington o premier de Israel, Ehud Olmert, para discutir o impacto do atual conflito interpalestino no Oriente Médio, o Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, rejeitava uma sugestão de negociação feita pelo rival Hamas.

Expulso da Faixa de Gaza na semana passada pelo Hamas, o laico Fatah domina a Cisjordânia – não há conexão entre as duas áreas, separadas pelo território israelense. Considerando a ação do Hamas um golpe, Mahmoud Abbas dissolveu o governo de união entre os dois grupos formado há dois meses, exonerou o premier Ismail Haniyeh, do Hamas, e nomeou como seu substituto no último sábado o economista Salam Fayyad.

Vendo Hamas e Fatah isolados cada um em uma região, os EUA e a União Européia passaram a reforçar o endosso que dão ao Fatah como interlocutor entre os palestinos no Oriente Médio. Ontem, os EUA oficializaram a suspensão de um embargo político e econômico à Autoridade Palestina que vigorava desde a vitória eleitoral do Hamas, em janeiro de 2006. Esse apoio a Abbas e seu partido, também encampado por Israel, foi reforçado ontem por Bush e Olmert em Washington. "Ele (Abbas) é o presidente dos palestinos", disse Bush ao lado de Olmert. "Talvez a única pessoa de fato eleita de um modo democrático pelo povo palestino", completou o premier de Israel, ignorando o fato de que os palestinos deram ao Hamas, por meio do voto, a maioria do Parlamento.

O americano e o israelense concordaram ainda que, por ora, não devem ser retomadas as negociações para um acordo de paz entre Israel e palestinos – apesar de ontem Abbas ter telefonado a Bush, dizendo estar disposto a retomar o processo.

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