A seguir, alguns fatos sobre o ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner, que morreu nesta quarta-feira, aos 93 anos, em um hospital de Brasília:
- Após uma meteórica carreira militar, Stroessner chegou ao comando das Forças Armadas paraguaias e liderou o golpe que o levou ao poder, em 4 de maio de 1954. Ele governou até 1989, quando foi derrubado por um ex-aliado.
- Após assumir a Presidência, baniu do país as principais figuras civis do partido, proibiu as demais legendas e instaurou um Estado de sítio que vigorou de forma quase permanente durante seus 34 anos no poder.
- Grupos de direitos humanos dizem que pelo menos 900 pessoas desapareceram nas mãos dos militares, e que outras milhares foram torturadas. Ativistas pelos direitos humanos acusam Stroessner de cooperar com outros governos militares latino-americanos durante os anos 1970 para caçar e matar militantes de esquerda, participando da Operação Condor.
- Mediante um eficiente sistema de controle exercido principalmente pelas chamadas seccionais do Partido Colorado (comitês de bairro), tratou de desmembrar qualquer organização social contrária ao governo.
- A ajuda dos Estados Unidos e a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Brasil criaram um período de bonança econômica que legitimou seu governo na década de 1970.
- Passado o esplendor econômico, aumentaram as disputas no interior da elite do poder, principalmente por causa da sucessão de Stroessner, que o ex-ditador tinha reservado para um dos seus filhos, o coronel-aviador Gustavo Stroessner.
- Em 2 de fevereiro de 1989, o general Andrés Rodríguez, consogro do ditador, encabeçou um golpe militar para derrubá-lo. Depois de combates entre forças leais e contrárias ao regime, Stroessner se rendeu a partiu para o exílio no Brasil.
- Morou em um luxuoso bairro de Brasília, onde mantinha uma vida discreta, longe da imprensa. Nos últimos anos, mudou-se para uma mansão de um só andar, no mesmo bairro, sempre na companhia do filho Gustavo.
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