Há oito anos no poder, a chanceler alemã, Angela Merkel, é a favorita nas eleições parlamentares de amanhã.
A preferência do eleitorado se dá principalmente pelos bons índices da economia. O desemprego, de 5,3%, é o menor em mais de 20 anos. O PIB apresentou crescimento de 0,7% no segundo trimestre, enquanto a grande maioria dos países da União Europeia luta contra a crise.
Apesar do favoritismo, Merkel não deverá conseguir maioria absoluta para manter sua atual coalizão, o que a obrigará a negociar com a oposição.
Segundo a última pesquisa do instituto Forsa, a CDU (União Democrata-Cristã), de Merkel, tem 40% das intenções de voto. Seu principal aliado, o FDP (Partido Liberal-Democrata), tem apenas 5%. A soma de 45% seria insuficiente para manter a coalizão atual no poder.
A oposição também soma 45%. Principal adversário de Merkel, Peer Steinbrück, do SPD, conta com 26%. Os demais partidos de oposição, Verdes e Partido de Esquerda, somam 10% e 9%, respectivamente. Steinbrück, porém, garante que não se aliará à terceira legenda, comandada por ex-comunistas.
Merkel enfatizou hoje a necessidade de "continuidade", alertando para as dificuldades econômicas que os demais países do bloco vêm enfrentando. Ela pediu o voto da população para poder realizar um "mandato forte" e manter a Alemanha como "um país respeitado na Europa e que defende seus interesses no mundo".
Steinbrück, um economista de 66 anos, natural de Hamburgo e ex-ministro das Finanças, defende em seu programa de governo o aumento de impostos para os ricos e uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho, com equiparação de salários entre os gêneros. Segundo o candidato, "Merkel só administra a Alemanha. Ela dá muito poucas formas ao país".
A eleição vem despertando mais interesse fora da Alemanha do que no próprio país. É esperado um grande índice de abstenção neste domingo, podendo chegar até 36%, segundo pesquisa da emissora pública ZDF.
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