A vice-premier de Israel, Tzipi Livni, considerada a favorita para substituir o primeiro-ministro Ehud Olmert, pediu um governo de união no país. Também ministra das Relações Exteriores, ela prevê que administração conjunta poderia alcançar a criação de um Estado palestino, que viva pacificamente ao lado dos israelenses. Tzipi indicou que tentará formar um governo nesses moldes, caso vença as eleições para liderar o Partido Kadima, previstas para o próximo mês. As pesquisas indicam Tzipi na liderança.
As sondagens apontam que o Kadima venceria as eleições gerais caso ela se torne a chefe da sigla. Porém, a ministra disse preferir manter a atual coalizão, até mesmo trazendo novos partidos para fortalecê-la, ao invés de partir para novas eleições. O atual líder do partido, o primeiro-ministro Ehud Olmert, prometeu renunciar após as primárias do próximo mês. Ele é alvo de investigação por corrupção que tornou sua permanência no cargo insustentável.
Tzipi, de 50 anos, passou a maior parte da carreira política como membro do Partido Likud, de direita. É filha de um famoso combatente de um antigo grupo militante sionista, o Irgun. Ela encontrou mais espaço como líder moderada, deixando o Likud e ingressando no governo do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon. O político formou o Kadima em 2005 como uma forma de executar seu plano de retirar as tropas israelenses e os assentamentos da Faixa de Gaza.
Nos próximos meses, Tzipi enfrentará uma competição acirrada tanto dentro quanto fora do partido, especialmente de linhas-duras como o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Caso seja bem-sucedida, ela será a primeira mulher a comandar o país desde Golda Meir, de 1969 a 1974. Tzipi atualmente lidera os israelenses nas negociações de paz com os palestinos. Hoje, ela condenou a estagnação das conversas de paz e disse que os dois lados devem seguir negociando.