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Juan Carlos Doyenart, diretor do Interconsult | Iván Franco/Efe
Juan Carlos Doyenart, diretor do Interconsult| Foto: Iván Franco/Efe

Números

Os uruguaios comparecerão hoje a 6.948 centros de votação de todo o país. Além do presidente, irão eleger 31 senadores, incluído o vice-presidente da República, e 99 deputados representantes dos 19 departamentos.

O candidato governista Tabaré Vázquez deve ser o mais votado na eleição presidencial de hoje no Uruguai, mas a vantagem não será suficiente para encerrar a disputa no primeiro turno. Juan Carlos Doyenart, diretor do Interconsult, instituto uruguaio de pesquisas e análises políticas, prevê dificuldades para o ex-presidente no segundo turno.

Tabaré Vázquez aparece em primeiro nas pesquisas, mas os números indicam que a disputa irá para o segundo turno. É um risco para ele, tido como favorito?

É um risco porque a campanha de Vázquez não se aproximou de dirigentes nem de eleitores de outros partidos. E no segundo turno não há muito tempo para tentar passar credibilidade ao eleitorado. O favoritismo que o ex-presidente tinha no início do ano já não existe mais, a tendência atual favorece Lacalle Pou. O que pode mudar na campanha em favor de Lacalle Pou?

O resultado de hoje, se os partidos Nacional e Colorado somarem as bancadas parlamentares e conquistarem a maioria. Caso isso se confirme, poderão oferecer um governo de coalizão com a estabilidade e governabilidade necessárias. Acordos com partidos menores que conquistarem representação também podem favorecer. Isso mostraria Pou como um político hábil e moderado, se esquivando do rótulo de conservador.

Quais são os principais desafios para o próximo presidente?

A prioridade para a população é solucionar os problemas de segurança crescentes. Também são necessárias mudanças na gestão da educação e da saúde pública. Outros desafios são encerrar as divisões sociais, combater o atraso de infraestrutura, melhorar a relação diplomática com tradicionais aliados e modernizar o Estado, para que seja mais amigável com a população. Como os uruguaios avaliam o governo de José Mujica?

A população soube diferenciar Mujica de seu governo, sendo muito mais aceito o personagem do que sua gestão. Mas pelo menos metade da população vê o governo de Mujica com bons olhos.

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