Ponta Grossa – A polícia da Venezuela ainda busca explicações para o assassinato de dois agricultores brasileiros, na manhã de domingo. Arno Esser e o filho de 26 anos, André, foram mortos por um dos sócios da fazenda que administravam na cidade de Maturin, que fica a 600 quilômetros de Caracas. Policarpo Somoza, membro de uma família influente na Venezuela, teria convidado Arno para inspecionar a plantação de soja. Sem testemunhas por perto, acertou dois tiros no sócio. De caminhonete seguiu até a fazenda vizinha, onde encontrou André. Além de atirar no rapaz, Somoza ainda passou repetidas vezes com o carro por cima do corpo. Depois, foi até o cemitério da cidade e se matou.

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Atônitos, os parentes dos agricultores que estão no Brasil passaram a segunda-feira concluindo os preparativos para embarcar para a Venezuela. Antônio Esser, irmão de Arno, mora em Guarapuava e conseguiu, no final da tarde de ontem, comprar as passagens. Ele vai levar a ex-mulher e a filha de Arno, que fizeram passaportes de emergência ontem. Os três, que embarcariam na madrugada de hoje, pretendem trazer os corpos para o Brasil, mas não sabem se vão conseguir.

Antes de decidir pela Venezuela, Arno morou no interior do Paraná, em Pitanga. Segundo o irmão, ele resolveu partir depois que leu num jornal que a agricultura era próspera no país vizinho. Em pouco tempo, ainda de acordo com familiares, tornou-se o maior produtor de soja da Venezuela, numa área de 2,3 mil hectares. Partiu em 1997, levando consigo cinco filhos – três do primeiro casamento – para ajudar a tocar os negócios.

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