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Lübeck - O melhor meio de não esquecer uma poesia ou um teorema que uma pessoa acaba de aprender pode ser o simples ato de fazer a sesta, consideram cientistas alemães, eles mesmos surpreendidos com a descoberta.

Suas experiências, publicadas na revista Nature Neuroscien­­ce, mostram, com efeito, que o cérebro resiste melhor durante o sono a tudo o que pode misturar ou alterar uma lembrança recente.

Estudos precedentes já ha­­viam provado que a memória recente, estocada temporariamente numa região do cérebro chamada hipocampo, não se fixa imediatamente. Sabe-se, também, que a reativação das lembranças, pouco tempo após serem adquiridas, desempenha um papel determinante em sua transferência para a zona de estocagem permanente, o neocórtex, espécie de "dis­­co rígido" do cérebro.

O pesquisador Bjorn Rasch e seus colegas da Universidade de Lübeck (Alemanha) pediram então a 24 voluntários que memorizassem 15 pares de cartas com imagens de animais e objetos comuns. Me­­tade ficou desperta para me­­morizar outra série, enquanto a outra fez uma curta sesta an­­tes disso.

Para grande surpresa dos cientistas, os que dormiram um pouco tiveram um desempenho melhor, lembrando-se, em média, de 85% das cartas, contra 60% entre os que foram mantidos acordados.

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