FBI fez um alerta sobre o risco de mensagens de texto trocadas fora de aplicativos não criptografados serem interceptadas por hackers ligados à China| Foto: EFE/ Oskar Burgos
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O FBI emitiu um alerta nesta semana sobre o risco de mensagens de texto trocadas entre dispositivos Apple ou Android, fora de aplicativos não criptografados, serem interceptadas por hackers ligados ao regime comunista da China.

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Segundo o FBI, o risco foi detectado durante investigações iniciadas no começo deste ano, que revelaram uma campanha de ciberespionagem ampla e significativa contra sistemas americanos conduzida por um grupo de hackers vinculado à Pequim, o Salt Typhoon.

De acordo com um alto funcionário do FBI, esses hackers comprometeram redes de diversas empresas de telecomunicações nos EUA, permitindo atividades como a interceptação de comunicações privadas.

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"Os atores comprometeram as comunicações privadas de um número limitado de pessoas envolvidas em governo ou política", declarou o oficial, segundo informações da emissora CBS News.

Entre os objetivos identificados, os hackers buscaram acessar informações sensíveis, como investigações conduzidas por autoridades norte-americanas e dados protegidos sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA).

Especialistas têm orientado os usuários americanos de qualquer dispositivo eletrônico a evitar compartilhar dados confidenciais via mensagens de texto. Peter Tran, especialista em segurança cibernética entrevistado pela CBS News, recomendou somente o uso de aplicativos com criptografia de ponta a ponta, como WhatsApp ou Telegram, para enviar mensagens de texto e proteger comunicações pessoais.

Um histórico de ataques atribuídos à China

Nos últimos meses, ataques atribuídos ao regime chinês têm se intensificado. Em setembro, o FBI desmantelou um grupo de hackers que utilizava dispositivos domésticos, como câmeras e roteadores de internet, para criar uma rede de computadores infectados. Em outubro, hackers chineses tentaram invadir telefones de candidatos presidenciais dos EUA, incluindo Donald Trump.

As autoridades enfatizam que esses esforços fazem parte de uma estratégia maior de Pequim para obter acesso a infraestrutura crítica e informações confidenciais.

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