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FBI está investigando suposto ataque hacker iraniano contra a campanha de Trump
Candidato republicano à presidência, Donald Trump. durante discurso em Grand Rapids, no Michigan| Foto: Allison Dinner/EFE

O FBI informou nesta segunda-feira (12) que está investigando supostos ataques cibernéticos iranianos às campanhas eleitorais de Donald Trump e Joe Biden - o atual presidente dos Estados Unidos ainda estava na disputa e não havia deixado a candidatura.

Três funcionários da época em que a campanha do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos ainda era liderada por Biden, e não pela vice-presidente, Kamala Harris, disseram ter recebido e-mails criados para parecerem legítimos, mas que, se seus arquivos fossem abertos, teriam dado acesso às comunicações dessas pessoas.

De acordo com as mesmas fontes, anônimas, não há evidências de que essas tentativas tenham sido bem-sucedidas.

O jornal The Washington Post informou que o FBI iniciou a investigação em junho, suspeitando que o Irã estivesse por trás da tentativa de roubar dados das duas campanhas eleitorais. Entre outras empresas, eles entraram em contato com o Google.

A tentativa de invasão ocorreu antes de Biden anunciar, em julho, que não concorreria à reeleição, e os democratas escolheram Kamala como nova candidata presidencial.

Embora o FBI suspeite que o Irã esteja por trás das tentativas de invasão de e-mails, o jornal disse que os investigadores não têm certeza de que o país seja responsável pelo envio de informações internas da campanha para a imprensa, algo pelo qual o Partido Republicano, de Trump, suspeitou de Teerã.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, confirmou no último sábado (10) à imprensa americana que algumas de suas comunicações internas haviam sido hackeadas.

O portal Politico informou no mesmo dia que recebeu e-mails no final de julho de uma conta anônima com documentos aparentemente da campanha republicana e contendo o que pareciam ser "comunicações internas de um funcionário sênior" dessa equipe.

Cheung disse em um comunicado no fim de semana que os documentos "foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com a intenção de interferir na eleição de 2024 e semear o caos" no processo democrático do país.

O porta-voz se referiu a um relatório da Microsoft divulgado na sexta-feira (9) sobre as operações cibernéticas do governo iraniano para influenciar a eleição presidencial de 5 de novembro nos EUA.

No relatório, a empresa disse ter visto tal atividade por parte de Teerã nos últimos três ciclos eleitorais dos EUA e "nos últimos meses".

Na segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, criticou a interferência estrangeira nas eleições em geral e afirmou que levava as denúncias "muito a sério", mas se recusou a comentar a acusação feita pela campanha republicana.

"Já dissemos muitas vezes que este governo condena veementemente qualquer governo ou entidade estrangeira que tente interferir em nosso processo eleitoral ou que busque minar a confiança em nossa instituição democrática. É por isso que levamos muito a sério os relatos de tais atividades", declarou.

A porta-voz enfatizou que eles não toleram nem tolerarão tal influência e deixou claro que os esforços do governo para proteger as eleições dos EUA "cresceram significativamente ao longo dos anos".

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