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FBI investiga invasão ao Capitólio e já questionou dezenas sobre morte de policial

Pessoas montam memorial em homenagem ao policial Brian Sicknick, morto após sofrer ferimentos durante a invasão ao Capitólio dos EUA. Washington, 10 de janeiro (Foto: Al Drago/ Getty Images/ AFP)

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O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, já questionou dezenas de pessoas em uma investigação sobre a morte do policial Brian Sicknick, que morreu após confronto com manifestantes durante a invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro, diz memorando do FBI. A investigação também inclui outros atos violentos ocorridos durante os tumultos na capital americana da semana passada.

O policial Brian Sicknick foi agredido com um extintor de incêndio, segundo o testemunho de dois policiais, enquanto tentava conter uma um grupo de apoiadores do presidente americano Donald Trump que invadiu o congresso americano, que estava em sessão para certificar o resultado da eleição presidencial do país. O policial passou por duas reanimações na ambulância, mas morreu no dia seguinte em um hospital de Washington. A morte dele está sendo investigada como homicídio pela Polícia Metropolitana de Washington, com o apoio do FBI.

Sicknick foi a quinta pessoa a morrer em eventos relacionados aos tumultos da semana passada no Capitólio. Depois dele, o policial do Capitólio Howard Liebengood, que estava trabalhando durante os ataques, morreu por suicídio, sua família confirmou na segunda-feira (11).

O memorando do FBI a setores privados e outras entidades, enviado nesta sexta-feira (15), segundo noticiou o New York Times, informa que 14 policiais do Capitólio ficaram feridos durante os tumultos.

Parler colabora com investigações

O Parler está compartilhando informações com o FBI em colaboração com as investigações sobre os atos no Capitólio e ameaças relacionadas feitas na rede social. Uma declaração de um agente do FBI entregue a um tribunal na terça-feira (12) diz que a polícia federal americana recebeu registros do Parler que ajudaram a identificar o usuário da rede por trás de um perfil que fez ameaças, segundo a Business Insider.

O usuário "LoneWolfWar" foi identificado como Eduardo Florea. Ele é suspeito de ter armazenado uma grande quantidade de munição e de ter ameaçado o senador eleito pela Geórgia, o democrata Raphael Warnock. Segundo o documento judicial, o Parler entregou o número de telefone associado à conta, que o FBI usou em ligação com dados da operadora para chegar à identidade de Florea, um apoiador do grupo Proud Boys.

O Departamento de Justiça americano afirma que o Parler foi usado para organizar as manifestações do dia 6 de janeiro nos EUA.

O site do Parler está fora do ar desde a segunda-feira, quando a Amazon retirou a plataforma de seus servidores, dizendo que não poderia oferecer seus serviços de hospedagem a "um cliente que não é capaz de identificar e remover conteúdo que encoraje ou incite a violência contra outros". O aplicativo da rede social também foi banido das lojas de aplicativos da Apple e Google.

Conversas online são monitoradas

O FBI está rastreando "uma quantidade extensa de conversas online preocupantes", incluindo convocações para protestos armados nos dias até a cerimônia da posse presidencial de Joe Biden, afirmou o diretor do FBI, Chris Wray, na quinta-feira (14).

Em reunião em que fez um comunicado de segurança ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, Wray disse que o FBI permanece preocupado sobre potenciais protestos violentos em Washington e nas sedes dos legislativos dos estados americanos, relatou o Washington Post.

"Estamos procurando por indivíduos que podem ter intenção de repetir o mesmo tipo de violência que vimos na semana passada", disse Wray, informando que o FBI já identificou mais de 200 suspeitos.

Pistas

O FBI abriu mais de 160 casos relativos à invasão do Capitólio na última semana, e recebeu pelo menos mil pistas relativas aos participantes, afirmou o líder do escritório de Washington, Steven D'Antuono. Em coletiva de imprensa na terça-feira (12), o investigador afirmou que os participantes dos distúrbios "serão presos".

Segundo D'Antuono, indivíduos nas semanas anteriores foram monitorados expressando a intenção de causar problemas na capital, e as informações que o FBI detinha foram compartilhadas com polícia do Capitólio e parceiros. No entanto, não havia elementos específicos que permitissem a abertura de uma investigação.

Suspeitos de terrorismo

Segundo o jornal Washington Post, investigações do FBI revelaram que dezenas de pessoas que estão em sua lista de suspeitos de ligação com o terrorismo estavam em Washington no dia da invasão ao Capitólio. A presença dessas pessoas - a maioria supremacistas brancos - revelou uma falha nos procedimentos de segurança.

O governo decidiu, na quinta-feira (14), fechar toda a região do National Mall, um conjunto de parques que abriga diferentes monumentos de ex-presidentes e memoriais que relembram datas e guerras importantes para a história dos EUA.

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