A espionagem em computadores e o roubo de informações pessoais registraram alta notável no ano passado, custando dezenas de milhões de dólares e colocando em risco a segurança dos Estados Unidos, disse o diretor da divisão de crimes de computação do FBI na quarta-feira (15).
Shawn Henry, diretor-assistente do FBI, declarou que grupos de crime organizado se deixam atrair pela facilidade de atingir milhões de potenciais vítimas. Ele afirmou que até duas dezenas de países demonstraram "interesse agressivo" em penetrar redes de empresas e agências do governo norte-americano.
Henry se recusou a identificar países específicos, mas os serviços de informações norte-americanos já expressaram preocupação com a capacidade da Rússia ou da China de espionar os EUA por via eletrônica e possivelmente prejudicar as redes de computação do país.
Como possível exemplo da competência russa em espionagem eletrônica, a Geórgia acusou Moscou em agosto de conduzir uma "Guerra cibernética" para paralisar os sites do governo georgiano, ao mesmo tempo em que executava uma ofensiva militar.
Agentes federais dos EUA estão reforçando seus esforços para combater os crimes de computação e trabalhando com colegas estrangeiros em locais nos quais a onda crescente de ataques a computadores despertou interesse internacional, disse Henry.
"Ao longo dos 12 meses passados, as atividades malévolas se tornaram muito mais comuns", disse Henry. "A ameaça continua a crescer".
Um método de ataque que vem ganhando popularidade é o das "botnets" (redes zumbis) sob o qual software prejudicial se espalha de computador a computador por meio de vírus, formando redes de máquinas infectadas que podem operar à revelia de pessoas e empresas e serem usadas para roubar dados ou paralisar sistemas, disse Henry.
Outro método, conhecido como "spearfishing", sob o qual hackers obtêm uma cópia da lista de emails de uma empresa e enviam uma mensagem, de aparência oficial, solicitando detalhes pessoais aos funcionários, também vem crescendo muito, ele acrescentou.
Henry disse que os crimes de computação invadiram Wall Street, mas nada tinham a ver com a atual crise financeira.
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