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A data do fechamento do reator nuclear da Coréia do Norte agora depende das discussões entre o país e cinco outras nações que assinaram um acordo de desarmamento, afirmou uma autoridade do órgão observador nuclear da ONU neste sábado, após negociações em Pyongyang.

Olli Heinone, da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse aos repórteres em Pequim que suas negociações com a Coréia do Norte esclareceram como a AIEA vai monitorar o fechamento do reator Yongbyon.

"Chegamos a um entendimento sobre como monitoraremos o fechamento das instalações de Yongbyon", disse Heinone, diretor da AIEA, após vários dias de reuniões em Pyongyang, capital da Coréia do Norte.

Mas ele ressaltou que o prazo do fechamento depende de consultas entre a Coréia do Norte e os outros cinco países que participam das negociações para acertar os detalhes.

"O próximo passo lógico é que eles conversem entre si e concordem sobre questões técnicas. A AIEA não tem nenhum papel nisso", disse Heinone.

"Acho que eles fecharão o reator assim que chegarem a um acordo com seus parceiros sobre o prazo", disse mais tarde.

As negociações envolvendo as Coréias do Norte e do Sul, os Estados Unidos, Japão, Rússia e China resultaram em um acordo em fevereiro, segundo o qual o governo de Pyongyang receberia auxílio em troca de retornar ao zero no seu programa de armas nucleares. Mas a AIEA vai monitorar e inspecionar as etapas do desarmamento.

O acordo ficou parado semanas devido à disputa sobre cerca de 25 milhões de dólares em fundos norte-coreanos congelados num banco de Macau, devido à pressão de Washington.

Após a liberação dos recursos, a Coréia do Norte concordou em implementar o acordo.

Heinonen disse ter visitado cinco "grandes instalações" no complexo de Yongbyon, a cerca de 100 km da capital -a primeira visita de uma autoridade da AIEA desde que o governo da Coréia do Norte expulsou a agência em dezembro de 2002.

O reator de Yongbyon produz plutônio, que pode ser utilizado em armas nucleares.

Após expulsar os inspetores nucleares, o país comunista abandonou o Tratado de Não-Proliferação, deu indícios de ter armas atômicas e, no ano passado, fez pela primeira vez testes de explosão nuclear.

Heinonen indicou que suas negociações com a Coréia do Norte não tocaram num possível retorno do país à AIEA e ao Tratado de Não-proliferação, dizendo que esses temas são "talvez prematuros".

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