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Ginastas como a campeã olímpica Simone Biles (segunda a partir da esquerda) serão indenizadas
Ginastas como a campeã olímpica Simone Biles (segunda a partir da esquerda) serão indenizadas| Foto: EFE/EPA/SAUL LOEB

Centenas de ginastas que foram abusadas pelo ex-médico da seleção americana Larry Nassar chegaram a um acordo de US$ 380 milhões com a Federação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) e o Comitê Olímpico do país (Usoc) nesta segunda-feira (13) para compensar as vítimas.

O conteúdo do acordo entre os ginastas, a USA Gymnastics e o Usoc, além de suas seguradoras, foi revelado em uma sessão no tribunal de falências do Distrito Sul do estado de Indiana.

O valor é um dos maiores já registrados nesse tipo de acordo para compensar vítimas de abuso sexual e será entregue a centenas de ginastas, incluindo estrelas do esporte como Simone Biles, McKayla Maroney e Aly Raisman.

Uma das vítimas de Nassar, Rachael Denhollander escreveu em sua conta no Twitter que o acordo finalmente encerra o caso. “Agora o trabalho duro de reforma e reconstrução pode começar. Se a justiça é feita ou não e se a mudança é feita depende do que acontece a seguir”, tuitou Denhollander, que manifestou “orgulho” pelos compromissos assumidos além do aspecto financeiro do acordo.

Sob o acerto, as seguradoras da USA Gymnastics e do Comitê Olímpico e Paraolímpico pagarão a maior parte dos US$ 380 milhões, embora o Usoc tenha concordado em pagar US$ 34 milhões de seus cofres e ainda fará um empréstimo de US$ 6 milhões para a federação.

Essa é uma mudança marcante na atitude do comitê, que antes vinha argumentando que não era responsável pelos crimes de Nassar e que não deveria ser nomeado nas ações judiciais relacionadas a ele, porque o médico não era empregado pelo Usoc.

A USA Gymnastics entrou com pedido de falência em 2018, no mesmo ano em que Nassar foi condenado à prisão em uma condenação que equivale a uma sentença de prisão perpétua de fato.

Nassar, que abusou de mais de 330 ginastas, está cumprindo penas de entre 40 e 175 anos de prisão, além de uma pena de 60 anos por pornografia infantil. O médico recebeu suas sentenças entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, em decisões que coincidiram com o surgimento do movimento #MeToo, de denúncias de casos de abuso sexual.

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