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Os feridos pelos bombardeios na cidade síria de Homs são atendidos clandestinamente em casas, onde muitos pacientes ficam no chão por falta de espaço, denunciou nesta quinta-feira à Agência Efe o médico Ali Hazouri, que pediu ajuda humanitária de emergência à comunidade internacional.

Os bombardeios contra os hospitais obrigaram os médicos a atender os pacientes às escondidas em casas e em mesquitas, contou por telefone Hazouri, que está no bairro de Bab Amr.

"Cerca de 50% das vítimas estão sendo atendidas no chão porque não há espaço. Não podemos identificar os mortos, já que os rostos estão totalmente desfigurados", revelou Hazouri.

O médico destacou que nas últimas horas apenas no bairro de Bab Amr ocorreram ao menos 29 óbitos, entre as quais quatro famílias inteiras, e 55 pessoas ficaram feridas.

"Fazemos um apelo às organizações internacionais para que nos ajudem. Tentamos proteger as crianças, pois muitas delas estão feridas", indicou o médico.

Hazouri detalhou que falta ajuda humanitária básica, como remédios e leite para as crianças, além de equipes médicas, já que o Crescente Vermelho não pode chegar aos hospitais porque foi impedido de entrar na região.

Desde o fim de semana, o reduto opositor de Homs é alvo de uma ofensiva do regime de Bashar al Assad, que deixou centenas de vítimas.

Dados da ONU indicam que a repressão do regime de Assad aos protestos pela democracia que começaram há 11 meses causou a morte de ao menos 5,4 mil pessoas, números que não são atualizados desde meados de janeiro.

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