O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira (11) que prorrogará até o dia 25 de junho as restrições sanitárias que expirariam hoje, continuando com os parâmetros do "semáforo epidemiológico", criado pelo governo para estabelecer níveis diferentes de restrições, de acordo com os dados da pandemia em uma determinada localidade.
O presidente argentino, Alberto Fernández, ainda espera conseguir no Congresso a aprovação de uma proposta de lei – chamada de lei pandemia – que determina a adoção de medidas sanitárias durante a pandemia e que, se aprovada, permitirá que o executivo nacional decida sobre a suspensão das aulas presenciais em distritos que estão em situação de alarme epidemiológico – no mês passando, Fernández perdeu uma briga judicial com o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, ao tentar impedir que as escolas da capital abrissem durante as semanas de fechamento mais restritivas. Alguns deputados da oposição consideram o projeto inconstitucional.
"Estamos chegando a um ponto em que esperava uma lei resolveria como continuar trabalhando no assunto, mas devemos esperar mais uma semana. Espero que na próxima semana possamos lidar com isso e possamos chegar a um acordo sobre como devemos agir diante do risco. Enquanto isso, continuaremos prorrogando a decisão que já tomamos", disse Fernández. Caso a lei seja aprovada, Fernández não precisará mais emitir decretos.
Após passar pelo pico da pandemia em abril e maio, os casos de Covid-19 começaram a diminuir no começo de junho. Contudo, uma crescente taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e aumento das mortes preocupa o país.
A Argentina já contabilizou 4.066.156 de casos de Covid-19 e 83.941 mortes por complicações decorrentes da doença desde o início da pandemia. O recorde diário de casos foi estabelecido em 27 de maio, quando foram reportados 41.080 contágios, enquanto o maior número de mortes ocorreu em 18 de maio, 745 óbitos. O chefe de Estado afirmou que a pandemia "está longe de terminar".
De acordo com os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, a Argentina, com uma população de 45 milhões de habitantes, aplicou 15,7 milhões de doses. Ao todo, 12,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose, enquanto 3,1 milhões foram vacinadas com a segunda.
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