O presidente da Argentina, Alberto Fernández, reconheceu nesta quinta-feira (2) que a violência e o crime organizado são “um problema muito sério” na região de Rosário e que “algo mais terá que ser feito”, após ataque a tiros contra o supermercado da família da mulher de Lionel Messi e ameaças feitas ao jogador.
“Estamos fazendo muito, mas, evidentemente, algo mais terá que ser feito”, garantiu o chefe de Estado, durante ato de governo na cidade de La Poma, na província de Salta, no norte do país.
Na madrugada desta quinta-feira, o supermercado da família da mulher de Messi, Antonela Rocuzzo, localizado em Rosário, foi alvo de tiros, em incidente que não deixou feridos.
Os autores do ataque ainda deixaram uma mensagem dirigida ao jogador do Paris Saint-Germain e ao prefeito da cidade, Pablo Javkin.
“Messi, estamos te esperando. Javkin também é um alvo, não vai proteger você”, escreveram os criminosos em um papelão que foi encontrado diante do estabelecimento.
Fernández admitiu a gravidade da situação na cidade natal do camisa 10 da seleção argentina.
“Ali, em Rosário, o problema da violência e do crime organizado é muito sério”, disse o chefe de Estado.
Segundo informações obtidas pela polícia, os disparos aconteceram por volta de 3h locais e de Brasília. Ao todo, foram 14 tiros contra a fachada do estabelecimento da família Rocuzzo, que fica na região oeste de Rosário.
A maioria dos disparos atingiu uma das três portas de metal do supermercado. A polícia acredita que os atiradores estavam em uma moto.
Pela manhã, Javkin concedeu entrevista coletiva e responsabilizou quadrilhas criminosas, forças “que têm armas e aqueles que controlam aqueles que têm o poder de investigar crimes”, que deveriam “proteger” a população.
“Eu duvido de tudo”, disse o prefeito, que na véspera havia tido uma reunião com a polícia da província de Santa Fé, as polícias Federal e Aeroportuária, entre outros órgãos de segurança.
Javkin alegou que os autores do ataque contra o supermercado da família da mulher de Messi buscavam “repercussão”.
Ele disse que conversou por telefone com o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, e com o governador de Santa Fé, o peronista Omar Perotti, mas cobrou que ambos e o presidente fossem à cidade.
“Eu quero que venham aqui. Qual é a distância para o presidente chegar aqui? Venham para cá!”, disparou.
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