O ex-presidente cubano Fidel Castro, de 88 anos, finalmente se reuniu com os cinco espiões que voltaram para casa como heróis depois de cumprirem longas penas de prisão nos Estados Unidos, 73 dias depois de o último deles ser libertado em uma troca de prisioneiros. Muito aguardado, o evento foi visto como um reencontro dos heróis mais celebrados de Cuba. As autoridades do país não explicaram por que o acontecimento levou tanto tempo para se concretizar.
A reunião ocorreu no sábado (28), escreveu Fidel em um artigo sobre a visita, divulgada na mídia oficial nesta segunda-feira acompanhada de fotos da ocasião. Fidel é referido como líder histórico aposentado, e os cinco agentes de inteligência foram homenageados recentemente como Heróis da República por espionar grupos extremistas anti-Castro nos EUA e por terem sido presos, o que Cuba vê como uma injustiça.
“Os cinco heróis antiterroristas, que nunca causaram nenhum dano aos Estados Unidos, tentavam evitar e impedir atos terroristas contra nosso povo que, como se sabe bem, foram organizados pelos serviços de inteligência dos EUA”, escreveu Fidel.
Preso desde 1998, o último dos três agentes voltou para casa em 17 de dezembro, quando Cuba e EUA finalizaram uma troca de prisioneiros como parte de um acordo no qual concordaram em restaurar as relações diplomáticas depois de mais de cinco décadas de confronto. Os outros dois detentos já tinham cumprido suas sentenças e retornado para Cuba.
Em troca, Havana libertou um cubano que espionou para Washington e passou quase 20 anos preso. Além disso, soltou o assistente social norte-americano Alan Gross por razões humanitárias e outras 53 pessoas que os EUA consideravam prisioneiros políticos.
Fidel Castro renunciou em 2008 e entregou o cargo para seu irmão caçula, Raúl, de 83 anos. Ele escreve artigos ocasionais e é visto na imprensa oficial recebendo dignitários em sua residência de Havana, mas não é visto em público desde o dia 8 de janeiro de 2014.
Os agentes de inteligência Gerardo Hernández, de 49 anos, Antonio Guerrero, de 56, e Ramón Labañino, 51, retornaram a Cuba em 17 de dezembro depois de cumprirem penas de 16 anos em prisões norte-americanas. Dois outros, René González, 58, e Fernández Gonzalez, 51, já haviam voltado por terem cumprido suas sentenças.
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