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O líder cubano Fidel Castro qualificou como um "disparate" a nomeação do ex-presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, para participar de uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga o ataque de Israel à flotilha de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, incidente que ocorreu em 31 de maio.

Organizações de defesa dos Direitos Humanos no país sul-americano também criticaram a nomeação de Uribe para a investigação e pediram ao secretário-geral da instituição, Ban Ki-moon, que reconsidere a decisão.

Fidel escreveu em sua coluna de opinião, publicada nesta segunda-feira (16), que questiona as aptidões de Uribe para realizar essa missão, enquanto deixa um país "cheio de valas comuns com cadáveres de pessoas assassinadas, algumas com até duas mil vítimas, além de sete bases militares norte-americanas, mais o restante das bases militares colombianas a seu serviço".

A ONU investiga o ataque lançado em maio por Israel contra a frota humanitária de ajuda à Faixa de Gaza, evento no qual nove ativistas turcos foram mortos por comandos israelenses. "O presidente Fidel Castro esqueceu muito rapidamente os oito anos de respeito comum entre Cuba e Colômbia durante o governo de Alvaro Uribe Vélez", escreveu o ex-mandatário colombiano, em comunicado.

"É conveniente que o presidente Castro analise esses temas antes de fazer eco à calúnia dos protetores políticos do terrorismo 'narcoguerrilheiro'", aos quais Uribe não identificou na mensagem. O ex-mandatário disse em sua mensagem que durante seu governo (2002-2010), a Colômbia "desmontou o terrorismo 'narcoparamilitar' e enfraqueceu o terrorismo narcoguerrilheiro".

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