O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, escreveu em sua coluna chamada "Reflexiones" sobre a morte do dissidente cubano Or­­lando Zapata Tamayo e sobre as críticas feitas ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que esteve no país, mas não protestou contra a morte de Zapata. Fidel acusou os críticos de Lula de "invejosos" de seu "prestígio e glória" e disse que usaram contra ele "as calúnias vis que há meio século são usadas contra Cuba".

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"Lula sabe há muitos anos que em nosso país jamais se torturou ninguém, jamais se ordenou o assassinato de um adversário, jamais se mentiu para o povo. Tem a segurança de que a verdade é companheira inseparável de seus amigos cubanos", disse Fidel em artigo publicado nesta terça-feira.

Quase uma semana depois da morte de Zapata, que provocou reações em todo o mundo, a televisão cubana colocou no ar, na noite de segunda-feira, uma reportagem de dez minutos defendendo a posição das autoridades sobre o caso.

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Segundo a matéria, os médicos tentaram convencer Zapata de interromper seu jejum, iniciado, segundo fontes oficiais, porque "o homem exigia telefone, cozinha e televisão em sua cela". O dissidente, que trabalhava co­­mo pedreiro e estava preso desde 2003, tinha 42 anos.

Dois dos cinco dissidentes que declararam greve de fome em ho­­menagem a Zapata desistiram da medida.

O diretor da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Recon­­ci­­liação Nacional, Elizardo Sán­­chez, não soube confirmar se outros dois detentos mantinham sua decisão.